NAS ELEIÇÕES PARA O DCE-RURAL, NÃO VOTE! LUTE! POR UMA REVOLTA POPULAR NO MOVIMENTO ESTUDANTIL DA RURAL!
Acesse o link em pdf: https://docs.google.com/file/d/0B6ZH-ArTJO4aMGVVVVpXdnliTlE Nos
últimos dias, deu-se início a mais um processo de eleição para o
Diretório Central dos Estudantes da UFRRJ. As eleições ocorrerão entre
os dias 17 e 19 de dezembro e estarão na disputa três chapas: Chapa 1
(Todos os Cantos), Chapa 2 (Em Frente) e Chapa 3 (Não Vou me Adaptar).
Não somos contra a organização dos estudantes, mas é preciso chacoalhar o
movimento estudantil da UFRRJ, que só se movimenta em períodos
eleitorais. É preciso criar um movimento estudantil classista e
combativo
com base na ação direta e na não negociação de bastidores,
seja com governos, partidos, empresas ou reitoria. Neste sentido,
propomos o boicote às eleições do DCE e fazemos um chamado aos
estudantes para se organizarem pela base junto a OCCI (Oposição
Classista, Combativa e Independente).
A Chapa 1 e 2 são chapas
que defendem a UNE (União Nacional dos Estudantes), há muito tempo
vendida a governos e empresas, se articulando para ajudar no trabalho
voluntário da copa enquanto o povo clama na rua “Não Vai Ter Copa”. A
caracterização das chapas nos permite afirmar que não há nada de novo,
senão a reprodução do velho. As chapas 1 e 2 fizeram parte das gestões
2012(chapa 1) e 2013 (chapa2) e têm uma relação com o governo.
Defendendo as políticas governamentais, como o REUNI, que promoveram uma
expansão que ampliou a precarização das condições de trabalho e estudo,
como mostrou a última greve de 2012. Além disso, estão preocupados em
defender políticas estatais, e não dos estudantes proletários (oriundos
da classe trabalhadora e trabalhadores).
A chapa 1 faz parte do
grupo Levante Popular da Juventude, defensor do Partido dos
Trabalhadores e do governo Lula, mantendo relações políticas com a atual
reitoria, a qual tem entre seus dirigentes integrantes da Articulação
de Esquerda, corrente do Partido dos Trabalhadores, além de integrantes
da juventude do PMDB, partido de Cabral, Paes e Bornier, compondo com a
chapa. Por sua vez, a chapa 2 que apregoa independência partidária e
autonomia, é vinculada a União da Juventude Socialista (UJS), associada
ao PCdoB e que historicamente controla a UNE, há muito tempo entregue a
burocratização e ação de gabinete pelos corredores do congresso
nacional e do palácio do planalto. O problema em destaque aqui é a
política defendida por estas correntes estudantis que já se mostra
desleal com o estudante ao não assumir sua verdadeira face e encarar o
debate político de frente. Caracterizamos estas duas chapas e correntes
como governistas, por agirem ao lado do governo, na defesa da política
educacional implementada pelo governo petista, fazendo críticas pontuais
e apostando na negociação com o ministério da educação e reitoria para
resolução de problemas da universidade.Tragados pela institucionalidade, se tornaram burocratas estudantis.
A chapa 3 foi organizada por integrantes da ANEL, com vinculações com o
PSTU. A questão principal é também a concepção de movimento estudantil.
Ao invés de construir uma política classista e combativa, está
preocupada em atender ao eleitorado universitário em prol da conquista
do aparato burocrático do DCE. Além disso, o PSTU foi o partido que
teve uma atuação totalmente deslocalizada com as mobilizações que
aconteceram em junho. Pautando-se em “polêmicas” com os Black Blocks, a
direção dessepartido ajudou a criminalizar os movimentos sociais e ir na
contramão das ruas. Tivemos a oportunidade de perceber isso claramente
na greve dos professores do Estado e Município do RJ, onde dirigentes do
PSTU a todo instante tentaram liquidar a greve, ignorando a vontade da
ampla maioria dos professores que indicavam ter fôlego para continuar a
greve.
O que isso quer dizer? Que as concepções estudantis das
três chapas não elevam a organização e luta estudantil ao patamar
exigido pela atual conjuntura. O problema não é o fato de estarem
vinculados ao PT, PCdoB ou PSTU, mas sim suas concepções de movimento
estudantil. No geral estão mais preocupados com o controle e legitimação
da burocracia estudantil que a promoção da auto-organização dos
estudantes. Neste momento é necessária uma forte reflexão sobre o DCE e
qual a concepção de movimento estudantil em jogo. Atualmente a eleição
do DCE e o próprio DCE mais parecem um parlamento burguês do que um
organismo que ajude nas mobilizações e na luta dos estudantes por
melhores condições de estudo, como a ampliação da universidade com
qualidade e a não criação de “escolões” sem infraestrutura, mantendo-se
assim ao lado do povo na busca pelo seu autogoverno.
Para
começar as três chapas compreendem o movimento estudantil como algo
secundário na luta de classes,procurando no interior da universidade
despolitizar o debate, quando é necessário, ao contrário, politizá-lo.
Não se trata de gestão mais eficiente ou menos eficiente do ponto de
vista administrativo burocrático, mas da capacidade de ação coletiva que
o DCE pode propiciar na luta estudantil aliada à luta dos
trabalhadores. Neste sentido, a política da OCCI é direcionada para
organização e mobilização do conjunto dos estudantes proletários e
trabalhadores, em prol de uma universidade de massa, a serviço do povo
do campo e da cidade. Uma política global que visa mobilizar o estudante
não só para suas lutas mais imediatas, como também levar o estudante a
participação nas lutas gerais pela transformação revolucionária da
sociedade. Temos hoje um número restrito de universidades públicas, que
mesmo assim contêm em sua maioria, estudantes filhos de trabalhadoras e
trabalhadores. Por isso, na nossa luta imediata buscamos assistência
estudantil, melhorarias nas condições de estudo e trabalho, além de
popularizar o ensino superior com qualidade. Para isso é preciso
enfrentar a política econômica do governo de contenção de gastos e
favorecimento dos empresários da educação, como por exemplo, o PROUNI.
Outro ponto central é a discussão sobre o Plano Nacional de Educação
(PNE). Não basta lutar por 10% do PIB para educação, mas combater o PNE
em seu conjunto, pois como seu conteúdo favorece a educação privada, de
nada adianta chegarmos a 10%, já que a verba pública é direcionada para
educação privada.
Neste sentido que propomos a organização do
Diretório Central pela base. Entendendo que é necessário mobilizar os
estudantes modificando as estruturas organizativas que resultam no
imobilismo. As novas estruturas devem ser capazes de levar a estudantada
a ter uma ação política consistente e independente. Por isso é
fundamental o fortalecimento dos C.As, D.As e DCE e sua ligação com as
bases.
PROPOMOS: - Boicote as eleições do DCE! - Congresso Estudantil Já! - Livre Acesso a Universidade! Nem Enem, Nem Vestibular!Livre Acesso Já! ROMPER OS MUROS DA UNIVERSIDADE! SERVIR AO POVO DO CAMPO E DA CIDADE! IR AO COMBATE SEM TEMER! OUSAR LUTAR! OUSAR VENCER! AVANTE ! NÃO VOTE NAS ELEIÇÕES DO DCE!
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