quarta-feira, 21 de maio de 2014

COMBATER A VIOLÊNCIA CONTRA MULHER! CONSTRUIR O COMITÊ DE AUTODEFESA DAS MULHERES DA RURAL!

      A violência no interior do campus Seropédica tem aumentado, principalmente contra as
mulheres, com casos de assédios e estupros ocorridos no interior do campus. Essa não é uma
situação isolada, o caso tem ocorrido em diversas universidades, os casos mais recentes na UFF
e UFMS. Esta situação reflete a violência na sociedade brasileira, principalmente contra pobres,
jovens negros e mulheres. Os casos de “justiçamentos” e assassinatos tem sido amplamente
noticiado, com a morte por linchamento de mulheres, como Fabiane Mariane de Jesus. O
machismo e a misoginia precisam ser combatidos na Universidade e fora dela.

Contra a violência é preciso que as mulheres assumam o protagonismo de sua defesa,

atuando de forma coletiva. Acreditamos que as medidas a serem tomadas não passa pela
solicitação de mais polícia, de militarização das universidades, já que a PM é umas das principais
causadoras da violência no país, além de ser uma instituição racista, machista e misógina.


As medidas IMEDIATAS que devem ser tomadas pela reitoria são:
1) melhoria do transporte das universidades;
2) melhoria da zeladoria do campus (capina e iluminação).


Para isso propomos:
• Construção de um Comitê de Autodefesa das Mulheres, a exemplo das camaradas da
Universidade Federal de Mato Grosso Sul.


Este Comitê terá como objetivo:
1) Combater o Machismo e a Misoginia com base no seguinte principio: “Solidariedade de classe
para combater o machismo, mulheres na linha de frente pela emancipação integral da classe
trabalhadora".
2) o espaço pode ser misto, homens participam em todas as etapas, sejam eles hetero ou
homossexuais.
3) promover treinamento de defesa pessoal, com objetivo de assumir uma postura combativa no
cotidiano.


Proposta para a Próxima Semana: Plenária de Construção do Comitê

A LUTA DA MULHER É A LUTA DO POVO
A LUTA DO POVO É A LUTA DA MULHER!

terça-feira, 1 de abril de 2014

Balanço do dia 28 de março no RJ! Construir o M.E. Classista e Combativo e Combater a Burocracia Estudandil!!!!

No dia 28 de Março de 2014 completaram-se 46 anos da morte de Edson Luis, estudante secundarista que foi assassinado pela polícia da Ditadura Militar, simplesmente por protestar em defesa de melhorias no Restaurante Calabouço, localizado no Rio de Janeiro, local onde os estudantes faziam suas refeições, visto que as escolas não possuíam estrutura adequada para garantir a alimentação dos alunos. Após a morte do nosso camarada abriu-se uma fissura no regime ditatorial dos militares, levando para as ruas de diversas cidades do país milhares de estudantes e trabalhadores para pedir o fim da odiosa ditadura. As manifestações ficavam cada vez mais organizadas e combativas, com a adesão de diversos movimentos sociais e de grêmios, Centros acadêmicos e DCEs de todo o país.
Em memória desse período de terror, morte e tortura imposto pela ditadura e que assassinou diversos estudantes, entre eles Edson Luís, centenas de estudantes secundaristas saíram às ruas no centro do Rio de Janeiro para lembrar o ocorrido. A RECC se fez presente nas plenárias de construção e no ato do dia 28 de Março, além de passar em diversas escolas, mobilizando e resgatando a memória da combatividade do movimento estudantil nos tempos de ditadura. Um movimento que se organizava pela base, que era classista e que foi protagonista de uma heróica resistência nos anos de chumbo.
No entanto, o que se viu no dia 28 da parte das organizações que detêm os aparelhos burocráticos do movimento, tais como AERJ, FENET e ANEL, dirigidas por PCR e PSTU respectivamente, além de coletivos supostamente independentes a partidos, mas que na prática são dirigidos por correntes do PSOL, é justamente o oposto daquilo que defendemos incansavelmente para o movimento secundarista na atualidade.
Após ficarmos horas na candelária em concentração esperando para sair, o comando do ato, instância burocrática definida por essas organizações já citadas e rechaçadas por nós e pelas correntes que constroem a FIP, foi visto conversando com policiais. Mais do que um erro estratégico isolado, isso se configura como prática comum dessas organizações. Além de contribuir para a exposição dos estudantes e sua eventual falta de segurança, revelam a sua opção pelas manifestações que seguem a ordem, a ponto de conversarem com aqueles que no passado mataram Edson Luis e hoje matam Amarildos e Cláudias. Não bastasse isto, seguravam os estudantes que ali estavam loucos para sair em marcha, com a desculpa de que esperavam a CET-RIO fechar o trânsito, mostrando mais uma vez uma faceta não combativa e subserviente as ordens do Estado, este que não dá passe livre pros estudantes e que destrói cada vez mais as escolas e a democracia dentro delas.
A Recc, junto com as correntes que compõem a FIP, sabendo dessa situação, deu início à manifestação, não esperando a liberação da CET-Rio e partindo para o lado da Avenida Rio Branco oposto ao que parece ter sido acordado entre o “comando do ato”, a polícia e a CET-Rio. Todos os estudantes vieram conosco o que causou tensão com os que “comandavam o ato”. Primeiro porque queriam o carro de som à frente da manifestação, tirando o protagonismo dos estudantes, e garantindo a ordem. Além disso, chamaram as organizações que constroem a Fip de fascistas, simplesmente porque escolheram o caminho da luta e não o da conciliação e do acordo com aqueles que nos reprimem e matam desde a ditadura até os dias de hoje.
Quando viram que não conseguiriam através da delação e do oportunismo satisfazer suas vontades de dirigir e guiar, como se iluminados fossem, os secundaristas, vieram dialogar conosco. Foi aí que chegamos a um acordo para que o ato continuasse sem tensionamentos. Todavia, como de costume, essas organizações não cumpriram em nada o acordo, pelo contrário, tentaram a todo instante isolar as organizações combativas, com o intuito de afastá-las das suas bases e garantir uma manifestação ordeira. Ao passar no clube militar, símbolo maior do que de mais odioso há na nossa história, passaram direto, fazendo apenas menção ao camarada Edson Luis na passagem. Nesse momento vimos algo interessante: diversos estudantes foram retirados por uma suposta “comissão de segurança” que não foi deliberada e nem constituída em nenhuma plenária para os ônibus nos quais vieram. Uma arapuca pra esvaziar uma possível ação da fração dos estudantes combativos, com objetivo de delatar e taxar-nos como irresponsáveis. Lamentavelmente estão desde novos aprendendo a trair a categoria em benefício do aparelho.
Chegando à Alerj, local onde foi velado o corpo de Edson Luis, a polícia militar mostrou a mesma postura de 46 anos atrás. Sem que nada tivesse acontecido, começou a efetuar prisões e atirou balas de borracha contra os estudantes. Resultado final da patética atuação do comando do ato e das organizações traidoras e sua relação servil com a polícia militar: 3 estudantes presos e 1 estudante ferido com um tiro de bala de borracha no nariz e hospitalizado no Souza Aguiar.
A AERJ e a FENET, entidades dirigidas pelo PCR, assim como a ANEL, dirigida majoritariamente pelo PSTU, não representam uma alternativa organizativa a UBES simplesmente porque são apenas deslocamentos de centro de poder, superestruturas que não se preocupam com o trabalho de base, a organização dos estudantes de escola em escola. Esses partidos, tanto no movimento estudantil como no sindical, já mostraram sua cara! São traidores e inimigos daqueles que lutam por uma escola popular de qualidade, pelo passe livre e pelo livre acesso a universidade. Isso ficou muito evidente no dia 28 de Março. Já o coletivo “juventude em movimento” que fala em seus materiais de autonomia e independência em relação a partidos é dirigido majoritariamente pela corrente Insurgência que faz parte do PSOL. Tocam sua política de forma oportunista, se aproveitando da honestidade e da disposição dos estudantes em construir um movimento estudantil novo e pela base. Todos os seus dirigentes estudantis, já conhecidos pelo papel de delação ao longo da última década estavam presentes no dia 28, com as mesmas práticas de antes. Esse coletivo não é uma alternativa independente para o movimento secundarista, pois já está atrelado aos vícios e a degeneração dessa corrente.
A RECC convoca a todos os estudantes secundaristas para construir uma alternativa classista, independente e autônoma a partidos e que esteja disposta a reconstruir o movimento estudantil combativo. Para isso é necessário a construção de coletivos de oposição a grêmios e coletivos de base nas escolas que não possuem grêmio. A organização, a democracia e a responsabilidade são parceiras dos estudantes do povo e por isso não deverá nos assustar. A desorganização, a burocracia e a indisciplina são inimigas dos sinceros lutadores e lutadoras que reconhecem a grandiosa tarefa a qual estão submetidos: lutar por uma educação que esteja a serviço da classe trabalhadora. A independência não é sinônimo de corporativismo. Aqueles que, sob o desígnio de “independentes”, não pretendem se organizar nem aliarem sua luta a luta dos demais estudantes classistas e combativos de outras escolas e cidades atestam, ao contrário, um sectarismo, uma política infértil, um isolamento que conduzirá nossos objetivos estratégicos ao fracasso. Aqueles que não se organizam serão fácil e rapidamente consumidos ou atropelados pelas organizações e partidos hegemônicos na cena política nacional de caráter reformista, legalista e pacifista.

União e Organização é força!
Nós Venceremos!
Avante o Movimento Estudantil Classista e Combativo

quinta-feira, 13 de março de 2014

ATO NÃO VAI TER COPA! - 12/03/2014

Na última quarta feira(12) diversos movimentos sociais, entre eles, a Oposição Classista, Combativa e Independente marcaram presença no ato organizado pela Frente Independente Popular-RJ contra a Copa e suas diversas consequências negativas para o povo trabalhador!

SE NÃO TEM DIREITOS?
NÃO VAI TER COPA!

Segue algumas fotos do ato Não Vai Ter Copa:


Faixa da Frente Independente Popular - RJ
Faixa do Fórum de Oposição pela Base!
Romper os Muros da Universidade! Avante Rede Estudantil Classista e Combativa!



Faixa colocada por militantes da Frente Independente Popular - RJ nos Arcos da Lapa.

domingo, 9 de março de 2014

Atividade do dia 8 de Março - Dia Internacional da Mulher Trabalhadora


No Sábado(8) a Oposição Classista, Combativa e Independente ao DCE-UFRRJ em conjunto com a Oposição de Resistência Classista - Educação RJ(ORC) e a Aliança Classista Sindical(ACS) realizou uma atividade próxima ao centro comercial da Uruguaiana distribuindo panfletos(reproduzimos abaixo e em pdf), expondo faixas e se mostrando lado a lado da luta da mulher trabalhadora.A luta da mulher é a luta do povo, a luta do povo é a luta da mulher!
No mesmo dia, participamos da Marcha dos Garis que partiu da Central do Brasil e conseguiu a vitória da greve combativa que transpôs os limites da burocracia sindical e mostrou que com a base não tem arrego!

Baixe o Panfleto do Dia Internacional da Mulher Trabalhadora: Clique Aqui


Reproduzimos fotos da atividade da mulher trabalhadora e da marcha dos garis:






Fonte das Fotos: Jornal A Nova Democracia

DA LINHA DE FRENTE NINGUÉM ME TIRA! 8 de Março – Dia Internacional da Mulher Trabalhadora

O capitalismo apenas concedeu às mulheres trabalhadoras a dupla-exploração e a superexploração. Ao passo que aumenta a participação das mulheres no mercado, cresce a informalidade\precarização entre elas. Essa tendência se intensifica em função da Copa, com as remoções e a especulação imobiliária, o deslocamento dos postos de trabalho, a instabilidade no emprego e o arrocho salarial, que empurram ainda mais a mulher trabalhadora para a informalidade. As mulheres constituem grande parte do proletariado marginal e sendo parte da classe trabalhadora e oprimida, se indigna e luta.
 
Desde o início das jornadas de junho em 2013 é nítida a predominância da estudantada e proletariado marginal nas manifestações; logo, também é notória a participação das mulheres nos atos mais combativos e na linha de frente destes, atuando de forma intensa, contínua e crescente nas ruas, assumindo tarefas cada vez mais ousadas e ofensivas.

 
Nas manifestações é evidente que os agentes de repressão do Estado têm como alvo tático as mulheres. Ademais da repressão violenta e generalizada nos atos, as detenções das manifestantes, via-de-regra, são acompanhadas de assédio e abuso sexual, além de depreciação misógina. O Estado, reconhecendo nas mulheres uma ameaça ao sistema de exploração-opressão, tratou de recrutar um enorme contingente de policiais femininas, neo-capitãs do mato, para atuarem objetivamente contra as mulheres do povo.
 
Os inimigos de classe e seu "feminismo" burguês, apoiando-se e apoiados pela mídia (burguesa) de massa, ansiosos por enquadrar as mulheres num ideal de feminilidade, assustam-se ao ver corpos femininos reincorporando a agressividade e combatividade que a sistemática domesticação burguesa (e patriarcal) tentou aplacar.
 
No campo, historicamente, as mulheres desempenharam papéis decisivos na luta pela terra. São incontáveis as lideranças camponesas mulheres atuantes e alarmante é o número destas assassinadas pelo Estado e pelo latifúndio\agronegócio. Também, nota-se que na medida em que os diferentes povos indígenas reconhecem a importância da mulher não apenas na organização interna de suas comunidades, mas na formulação de estratégias de luta por direitos e território, avançam mais consistentemente em direção aos seus objetivos. Ao longo dos últimos anos, as mulheres indígenas vêm se destacando como referência política inclusive para os não-índios.
 
A cultura da subserviência sexual e de violência doméstica\familiar também servem como dispositivos de amansamento da mulher proletária, consequentemente são ferramentas de dominação de classe. Portanto, é preciso apontar que o opressor machista age indiretamente em favor dos exploradores. Neste sentido, é urgente combater o machismo que se manifesta também no seio da classe trabalhadora. Ele age para nos dividir. Não se pode reivindicar o classismo sem incorporar a luta pela emancipação integral da mulher (econômica, política, sexual, cultural e etc.). O povo só se liberta quando todas suas frações e grupos se libertam.
 
Nos primeiros grandes atos de 2013, parte dos manifestantes, tomados por sentimentos paternalistas, clamavam às combatentes que recuassem. Mas, com a progressão dos atos e com a intransigência destas mulheres, que não admitem serem meras espectadoras de suas próprias batalhas, coube aos homens dizer “Avante, lutadoras!” e marchar ao lado delas, confiantes, ombro-a-ombro, rumo à emancipação integral do proletariado e de suas frações marginais.
 
“Da linha de frente ninguém me tira” é a resposta das mulheres combativas ao Estado e ao machismo. Não basta apenas mobilizar as mulheres para que tomem as ruas, mas exigir dos homens que as reconheçam como companheiras de luta e heroínas do povo, que as respeitem e que se solidarizem a elas, em toda parte e sempre. Homens e mulheres trabalhadoras: somos uma só classe!

Avante mulheres Black Blocs!
Pela construção de comitês de autodefesa das mulheres!
Combater o machismo é tarefa revolucionária!
NÃO VAI TER COPA!!!

ASSINAM  ESSE  MANIFESTO: 

Fórum de Oposições pela Base – FOB
Rede Estudantil Classista e Combativa – RECC
Aliança Classista Sindical – ACS
Oposição de Resistência Classista – ORC
Coletivo Aurora
Liga Sindical Operária e Camponesa – LSOC


¹Manifesto produzido pelos estudantes e trabalhadores presentes no I ENOPES

domingo, 26 de janeiro de 2014

Pela Autonomia Universitária! Contra o Abuso de Poder da Reitoria da UFRRJ!

URGENTE! REITORIA TENTA DAR GOLPE NOS ESTUDANTES DA RURAL
O ano de 2014 mal começou e a Administração superior da Rural já mostra que está na contramão das demandas dos estudantes e do povo. Enquanto nas ruas ouvimos o povo trabalhador reivindicar seus direitos e dizer que “Não vai ter copa”, dentro da Rural vemos tentativas claras de cerceamento e golpe naqueles que lutam pela construção de uma Universidade verdadeiramente popular.
Se já não bastasse a perseguição de estudantes combativos com ameaças de suspensão e jubilamento, a omissão em relação ao constante assédio moral sofrido pelos terceirizados da empresa Digna que culminaram na demissão de 4 funcionários ano passado sem nenhum motivo contundente e o incrível descaso sobre os indícios de violência contra mulher e preconceitos de gênero que já fizeram estudantes desistirem de estudar nesta Universidade, agora a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis, na figura do Professor César Da Ross, militante da corrente “Articulação de Esquerda” do PT e autêntico Governista, quer impor uma derrota a democracia Universitária e um conseqüente golpe nos estudantes.
No dia 27/01, segunda-feira, haverá uma reunião do Conselho Universitário da Rural, órgão máximo de deliberação e conhecido pelo seu perfil reacionário e extremamente conservador. Dentre os pontos de pauta a serem discutidos nessa reunião, dois em especial nos chamaram a atenção. O ponto 10 que discutirá o Processo nº 23083.008218/2013-68, de19/08/2013, da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis, apreciação de proposta de deliberação que propõe a regulamentação dos procedimentos necessários para inscrição e seleção de alunos de graduação interessados na participação em eventos estudantis relevantes para a organização do movimento estudantil; e o ponto 15 que discutirá o Processo nº 23083.011682/2013-31, de 09/12/2013, da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis, procedimentos para registro e criação das entidades estudantis e o reconhecimento formal das eleições dos seus dirigentes.
Esses processos, que beiram as bizarrices do período 1964-1985 no nosso país e que o Pró-Reitor em questão, assim como toda a Reitoria que é ligada ao PT, diz ter combatido arduamente, significam o total atrelamento do movimento estudantil a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis! Ela que irá decidir qual grupo é legal e qual grupo não é legal. Ela que inscreverá e selecionará os alunos que, por intermédio das características que ela achar adequadas, participarão dos eventos que ela achar que são relevantes para o movimento estudantil! Isto é, será a Reitoria da Rural que determinará quem vai participar ou não de qualquer atividade ligada aos estudantes e quais dessas atividades são relevantes. Ainda não satisfeita em relegar ao estudante um papel de gado, a Administração superior ainda se dá o direito de Criar as entidades e determinar quem são os legítimos dirigentes do movimento estudantil! Parece que a Reitoria governista guarda boas recordações do processo de degeneração da CUT e quer enfiar essas imposições ditatoriais, sem nenhuma discussão da nossa categoria a respeito, pela nossa garganta.
Esses pontos, se deliberados, representam uma derrota histórica para os estudantes que prezam pela livre organização, independente da Reitoria e de Partidos que utilizam a universidade como plataforma para seus fins eleitorais. Representa o fim da autonomia da nossa categoria e o direito de definir os rumos e de escolher quais formas de tocar a nossa luta no interior da Rural. E, por fim, representa o empoderamento de setores do movimento Estudantil atrelados aos interesses do Governo e da Reitoria!
Talvez por isso, o DCE, cuja gestão tem militantes ligados ao PT, PMDB e também a Administração superior da Rural, não tenha feito nada a respeito pra mobilizar os estudantes contra esse abuso de poder! Parecem estar mais preocupados em fazer acordos de cúpula para garantir longevidade na administração do aparelho burocrático. Nós da OCCI-Rural, repudiamos a postura da Reitoria e do DCE e não nos omitiremos diante destes fatos. Mesmo tendo acesso a pauta em cima da hora e da inércia do DCE diante deste absurdo, nós convocamos os estudantes a se mobilizarem e a não deixarem que esta reunião aconteça! Que todos estejam às 13 horas, na porta do Consu no P1 em Seropédica e que façamos por nossas mãos, tudo o que nos diz respeito! Vamos barrar o abuso de poder e o golpe que se desenha ser dado nos estudantes!
TODOS AO P1, DIA 27/01 ÀS 13:00!
PARA BARRAR O ABUSO DE PODER, SÓ INDO AO COMBATE SEM TEMER!
AVANTE!

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

28 de Março - Dia de Luta dos Estudantes


 O ano de 2013 ficou marcado por intensas revoltas, surgidas a partir de junho, e que tendem a aumentar, esboçando o descontentamento da classe trabalhadora com as injustiças do capital e os megaeventos que serão realizados, enquanto os direitos básicos da população são negados. As manifestações foram respondidas com grande repressão, trazendo-nos à memória imagens semelhantes as do período da ditadura militar, dos conflitos de resistência do povo contra a polícia e o capital.

Neste ano completam-se cinquenta anos do golpe militar, que deu início a um longo período de intensa repressão, que torturou e assassinou diversos trabalhadores e estudantes. Após o golpe, ocorrido em 1º de abril de 1964, o PCB, maior partido da esquerda no período, não planejou nenhuma resistência, mantendo-se no discurso da disputa dos aparatos legais. Descontentes com a política pacifista e legalista do partidão, trabalhadores e estudantes criaram diversas organizações armadas, com o objetivo de resistir e  derrubar a ditadura.

No dia 28 de março de 1968, durante uma manifestação que ocorria no restaurante Calabouço – restaurante estudantil do Rio de Janeiro, foi assassinado o estudante secundarista Edson Luís, de 18. Com o ocorrido, diversas manifestações eclodiram por todo o país, em resposta ao assassinato do estudante e aos quase quatro anos que já duravam a ditadura militar no Brasil. O ano de 1968 ficou marcado pela ampla resistência estudantil contra a ditadura, e o dia 28 de março foi o marco inicial do estopim nacional. Nesse sentido, o dia 28 de março deve ser celebrado como o Dia Nacional de Luta dos Estudantes, em homenagem e memória não só ao estudante Edson Luís, assassinado naquela data, mas à todos os estudantes que deram seu sangue no bravo enfrentamento contra o regime militar.

O Dia Nacional de Luta dos Estudantes será celebrado pela RECC, com um evento realizado todos os anos em diversos estados, a Semana Nacional Classista e Combativa. A SNCC tem o objetivo de homenagear todos os trabalhadores e estudantes que deram suas vidas na luta contra a ditadura, levantando a necessidade de retomarmos a combatividade nas lutas atuais, como foram as jornadas de junho. O Junho de 2013 trouxe o espírito da luta dos estudantes contra a ditadura, desta vez contra um sistema opressor e explorador, que privilegia a copa do mundo enquanto o povo morre afogado nas enchentes no centro-sul, ou na seca que assola o nordeste do Brasil. Os Black Bloc´s, compostos em sua maioria por estudantes e trabalhadores precarizados, trazem a mesma composição dos grupos guerrilheiros no Brasil dos anos 60/70, e o mesmo sentimento de um povo que luta. 

O CAPUZ É O ROSTO DE UM POVO QUE LUTA! 
EM MEMÓRIA E JUSTIÇA AOS MORTOS PELA DITADURA!
NÃO ESQUECEMOS NEM PERDOAMOS!

EDSON LUÍS??? PRESENTE!!!